O Brasil está classificado no Mundial de handebol masculino. A seleção brasileira garantiu presença na segunda fase da competição após vencer os Estados Unidos por 31 a 24, neste domingo (19), em Oslo, na Noruega.
Após terminar o primeiro tempo atrás do placar por 10 a 12, o técnico Marcus Tatá virou a chave do time no intervalo e mudou a história da partida. A equipe voltou para o ginásio totalmente diferente. Agressiva no ataque e muito forte na defesa, conseguiu anular os norte-americanos e apresentar um leque maior de opções ofensivas, deixando o sistema defensivo adversário completamente atordoado. No final, 31 a 24 para o Brasil, que chega para a segunda fase com a moral elevada após duas vitórias em três jogos.
“Precisamos parabenizar os Estados Unidos pelo primeiro tempo. Eles foram muito bem. Acredito que o Brasil sentiu um pouco de ansiedade na primeira parte da partida. Não conseguimos parar o ataque deles e tivemos muita dificuldade em quadra, principalmente na transição para o ataque. No segundo tempo, defendemos melhor. Conseguimos tirar alguns gols de contra-ataque que nos deram a vitória. Foi um resultado muito importante pelas circunstâncias da partida e pela necessidade da vitória para permanecermos na competição sem depender de outros resultados”, comentou o técnico Marcus Tatá.
A partida
A seleção brasileira iniciou o jogo contra os Estados Unidos com um rendimento abaixo do esperado. O ataque não criava situações claras de gol e a defesa deixava espaços, permitindo muitas jogadas dos norte-americanos. Mesmo com dificuldade no sistema ofensivo, o Brasil ainda conseguia chegar aos gols, principalmente com Rudolph, que terminou como artilheiro do time, com oito gols, e Joel, vice-artilheiro, com sete gols, que aproveitaram praticamente todas as oportunidades que tiveram nos 30 minutos iniciais, marcando mais da metade dos gols brasileiros.
Atrás do placar por dois gols de diferença, o treinador foi para o vestiário com a missão de renovar a seleção brasileira que até aquele momento não respondia bem dentro de quadra. O treinador aproveitou a oportunidade, mudou a forma da equipe jogar, deu mais velocidade ao ataque e ainda contou com mais uma atuação diferenciada do goleiro Rangel, que carimbou um aproveitamento de 50%, o que é muito bom para a posição.
O segundo tempo do Brasil foi completamente diferente. O time voltou a jogar semelhante à primeira rodada, quando ganhou da Noruega, e acabou com o sonho dos norte-americanos de se classificar novamente para o main round. A seleção explorava com qualidade todos os cantos da quadra, conseguiu encaixar os contra-ataques, corrigiu a transição em velocidade e mostrou que tecnicamente e taticamente possui recursos para chegar longe neste Mundial.
Aos sete minutos da etapa final, a seleção já tinha o placar empatado. Aos 8 minutos, o Brasil virou e não permitiu mais que os Estados Unidos encostassem no placar. O time se transformou, impôs completamente seu ritmo de jogo e viu a diferença de gols aumentar a todo instante, até a vitória no final.
