O Franca é tricampeão do Novo Basquete Brasil (NBB). Nesta quinta-feira (13), o time paulista no jogo 4 bateu o Flamengo por 69 a 59, no ginásio do Maracanãzinho, no Rio de Janeiro, e fechou a série em 3 a 1. A equipe chegou ao 45º título da história.
A equipe do técnico Helinho Garcia igualou a façanha do Brasília, que levantou o troféu nas temporadas de 2009/10, 2010/11 e 2011/12. Apesar da derrota, o Flamengo continua como o maior vencedor da competição com sete taças.
“Esse título representa o meu trabalho. Eu falo para os jogadores mais jovens que ninguém vê o que você faz no escuro. Precisa seguir trabalhando no escuro porque, quando chegar a luz, será fácil. Hoje o nosso time lutou, lutou, conseguiu abrir um pouquinho, continuamos correndo, pegando rebotes e sabemos que a bola iria cair no momento certo. Estou muito feliz. Lutamos o ano todo neste ano para chegar neste momento. Foi um ano difícil para nós e terminamos com campeão”, afirmou David Jackson.
A partida também ficou marcada pela despedida de Olivinha das quadras após 20 anos dedicados ao esporte e 16 temporadas no Flamengo. O agora ex-jogador foi homenageado pelo elenco e todos os jogadores vestiram a camisa com o número 16 do capitão após o final da partida.
O jogo
O quarto inicial foi marcado pela ansiedade das duas equipes. Flamengo e Franca não conseguiam concluir os ataques com eficiência. A primeira cesta só aconteceu com quase três minutos de jogo. Márcio converteu um arremesso de três pontos da zona morta. O pivô foi o destaque da equipe francana, anotando oito pontos, com 100% de aproveitamento. O time rubro-negro registrou um desempenho ruim do perímetro (0/5) e, por isso, foi superado por 13 a 9 na parcial. Franco Balbi fez cinco pontos, encontrando o pouco espaço fornecido pelo adversário no garrafão.
Sem conseguir desenvolver o ataque – foi para o intervalo sem converter nenhum arremesso de três pontos (0/13), o Flamengo obteve um pouco de alívio com sua defesa no segundo período. A equipe de Gustavinho forçou sete erros do Franca na parcial. O desempenho defensivo e os rebotes ofensivos impediram que o time francano se desgarrasse no placar (26 a 22). Para pontuar, o caminho para o Rubro-negro foi trabalhar no garrafão, sofrendo muitas faltas (9). Foram 12 lances livres, com 11 convertidos (91,7%).
O desempenho ofensivo continuou como o principal problema das equipes. O Franca foi muito mais eficiente na linha de três pontos, registrou 75% de aproveitamento (3/4) e abriu sua maior vantagem no jogo: 41 a 31. Wesley saiu do banco para colocar energia em quadra e anotar cinco pontos. Pelo lado do Flamengo, os arremessos do perímetro se tornaram um pesadelo. Foram 8 tentativas para nenhuma convertida. No total, 0/21.
Na derradeira parcial, o Franca continuou com um ataque mais assertivo, principalmente nos arremessos do perímetro (4/5). O Flamengo fez sua última investida, marcando pressão e acelerando o jogo, buscando definições rápidas. Gui Deodato anotou 10 pontos e deu um pouco de esperança para 5.399 torcedores no Maracanãzinho. Mas o time francano soube controlar o relógio até o final para comemorar o tricampeonato.
